quinta-feira

"Movimento Armorial 50 Anos”




Com curadoria de Denise Mattar e consultoria de Manoel Dantas Suassuna, filho de Ariano Suassuna,

está acontecendo no CCBB, Rio de Janeiro, uma exposição sobre o movimento armorial. A exposição faz parte da mostra "Movimento Armorial 50 Anos” que celebra o cinquentenário do movimento liderado pelo dramaturgo, professor, pintor, músico e escritor Ariano Suassuna (1927-2014).



 A mostra tem caráter multicultural conjugando artes plásticas, palestras literárias e encontros musicais.


Quem quiser conferir segue a localização e contatos:

Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro/RJ. Telefone: (21) 3808-2020 e ccbbrio@bb.com.br Aberto: Segundas de 09h às 21h; terças fechado; de quarta a sábado de 09h às 21h e domingo de 09h às 20h.

Elaine Cristina Rodrigues de Souza

segunda-feira

Poema de D. Pedro Casaldáliga: Caminho que a gente é


Retirante
Só caminho
É o que há.

Terra de roça e morada
Não tem mais.
Os sete palmos de outrora
Nem todos vão encontrar!

Retirante,
Caminheiro,
Só caminho
É que há.

Caminho que a gente é,
Caminho que a gente faz:
Para viver,
Para andar;
Para outros caminheiros se ajuntar.
Caminho para os parados se animar.
Para os perdidos, de novo achar.
Para os mortos não faltar!

Caminho que a gente é,
Caminho que a gente faz.

Se tem cerca,
Não tens braços
E facão para cortar?
Se a noite fechou-te o rumo,
Procura junto aos irmãos:
Coração em companhia,
Sempre encontra seu luar.

Deus é Deus
Em tudo e sempre.
A história, a gente faz,
Lavrando no dia-a-dia
Nossa hora e seu lugar.

Recolhe o sangue dos mortos
No sol de cada manhã.
Colhe dos ventos o alerta.
Dos moços colhe o afã
Dos índios a liberdade.
E das crianças a paz.

Faz do canto do teu povo
O ritmo de teu andar.
Sacode o largo letargo,
Deixa a saudade pra trás:
Quem caminha na Esperança
Faz no hoje o amanhã!

Deixa os garimpos de lado,
Se te queres bamburrar.
A terra, que é mãe de todos,
Amor de todos será!

Caminheiro,
Companheiro,
Só caminho
É o que há:
Caminho que a gente é,
Caminho que a gente faz!

Por ora,
Isso é o que há...
Mas, um dia o mundo vira
E tem o que haverá!

domingo

O QUILOMBO DOS PALMARES VIVE!



 
Na nossa visita aprendemos e observamos muitas coisas durante nossa estada em janeiro de 2018. Mas nem tudo conseguiremos registrar. Faremos breves pontuações. A preservação da floresta na Serra da Barriga destoa do cenário que vemos ao redor, com extensos hectares de mata transformada em campos agrícolas, nos quais predominam os canaviais. Levando-se em conta que a criação do Parque Nacional da Serra da Barriga é relativamente recente é de se louvar que ainda seja possível encontrar áreas de mata fechada e árvores centenárias na localidade do antigo Quilombo. Um dos fatores que certamente justificam essa mata preservada é a dificuldade de acesso ao topo da Serra da Barriga, principalmente antes da criação do Parque. 
Trata-se do Parque Memorial Quilombo dos Palmares foi implantado em 2007, em um platô (área plana) do alto da Serra da Barriga. O local, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1985, recria o ambiente da República dos Palmares – o maior, mais duradouro e mais organizado quilombo já implantado nas Américas. Fica localizado na Serra da Barriga a cerca município de União dos Palmares, situado a 09 quilômetros de Maceió, capital do estado de Alagoas.
Neste lugar podemos ver edificações do Quilombo dos Palmares com paredes de pau-a-pique, cobertura vegetal e inscrições em banto e yorubá, avista-se o Onjó de farinha (Casa de farinha), Onjó Cruzambê (Casa do Campo Santo), Oxile das ervas (Terreiro das ervas), Ocas indígenas e Muxima de Palmares (Coração de Palmares).
São os espaços Acotirene, Quilombo, Ganga-Zumba, Caá-Puêra, Zumbi e Aqualtune.
















Ancestralidade: 
Lá podemos evocar as memórias de nosso povo que lutou pela liberdade contra a escravidão. Ali viveram 20 mil pessoas negras que se rebelaram ocupando aquele espaço no alto de matas fechadas com aproximadamente 553 metros de altitude. Entre 1567 e 1695 lutaram e foram assassinados. Mas quem vai hoje ao Quilombo dos Palmares ainda sente vivos a energia e o desejo por igualdade, liberdade e democracia. 

Memória:
Com a criação do Parque na década de 1990, houve um esforço dos grupos e movimentos criados em prol da valorização das heranças negras e africanas para reconstruir o Quilombo dos Palmares. Assim, a totalidade das edificações encontradas no Quilombo são reproduções daquelas que, há mais de 300 anos, foram destruídas pela expedição militar do bandeirante Domingos Jorge Velho. As casas e instalações atuais somam-se aos espaços naturais - árvores centenárias, rochas, o lago repleto de peixes, as urnas funerárias ainda encravadas no solo - para a constituição do atual Quilombo dos Palmares em um grande Lugar de Memória da resistência escrava ao cativeiro.

Resistência:
Conhecer os lugares não reverenciados pelo turismo convencional, compreender a história e a memória que emanam nos faz mais potentes e resistentes na defesa do conhecimento étnico racial do nosso povo imprescindível para a construção da nossa identidade.


Energia e espiritualidade
Está diante do lago e da árvore sagrada é tão forte e energético que além de mexer com a nossa emoção nos faz retornar mais fortes.






A história do país é constituída da contribuição do relato das experiências dos diversos povos e nações ou o elo menos deveria ser assim. Entretanto, o que temos lido tradicionalmente nos livros didáticos e aprendido na escola é uma história contatada pelos colonizadores europeus e seus descendentes. Indígenas e negros são representados geralmente de forma estereotipada e insipiente. 

Extra:
Fomos guiados pelo pesquisador e mestre capoeirista Mano Gill, https://www.facebook.com/jildaldo.araujo, que nos recebeu muito bem além de seu irmão, esposa e filhos que fizeram uma bela apresentação de capoeira para a gente.
Além disso, após a visita almoçamos restaurante Baobá Raízes e tradições de Mãe Neide. Comida gostosa, ótima recepção, espaço tranquilo, ótima energia! Parabéns. Amamos. Uma experiência deliciosa! Vale à pena conhecer. https://www.facebook.com/baobarestaurante
  

Fontes:
1.      Registros fotográficos e memórias da nossa viagem de janeiro de 2018. 
 Elaine Rodrigues, Átila Rodrigues e Márcio Coelho. 
3.      SITE SERRA DA BARRIGA-QUILOMBO DOS PALMARES http://serradabarriga.palmares.gov.br/
4.      Guia realizada pelo capoeirista e pesquisador Mano Gil


segunda-feira

ARTE, LUDICIDADE E MOVIMENTO ( registro da aula do dia 11/04/2014 e referências)

ARTE, LUDICIDADE E MOVIMENTO / Tópicos para reflexão sobre o corpo 
AULAS DOS DIAS 04 E 11/04/2014


Prof. Elaine Pernambuco

SOBRE SITUAÇÕES VIVENCIADAS NAS ESCOLAS AINDA HOJE ANALISEMOS:

·         Modo de funcionamento descolado do mundo natural;
·         Denominada por Foucault (1987) como instituição de seqüestro, a escola e outras instituições, como os presídios, os hospícios e os quartéis, visavam controlar não apenas o tempo dos indivíduos, mas também seus corpos, extraindo deles o máximo de tempo e de forças;
·         Descartes (1596-1650) é o expoente desta distinção entre a substância ou “coisa” extensa (res extensa) e substância ou a “coisa” pensante (res cogitans). Para o pensamento cartesiano, o corpo material opõe-se ao espírito, à alma;
·         Em função de sua tarefa disciplinadora, a escola, desde tempos nem tão remotos assim, lançava mão, inclusive, de castigos corporais. O corpo disciplinado era aquele do silêncio, da imobilidade, do controle dos movimentos. O corpo que obedecia às prescrições adultas, que se amoldava às regras socialmente impostas.
REFLEXÕES:
·         Na contramão da concepção cartesiana – em que a mente domina o corpo e as paixões, e tem o poder de explicar todas as funções corporais de modo puramente mecânico – Espinosa (1632-1677), ao invés de perguntar “o que é um corpo”, ao invés de buscar uma definição, interroga: “o que pode um corpo?”;
·         Para Maturana (2001), o conhecimento não é representativo, não está gravado na mente humana, mas é corpóreo – está gravado em nossos corpos, o que inclui outras dimensões que não só a mente racional humana: inclui as sensações corporais e os sentimentos vivenciados. No entanto, estamos inseridos em uma cultura que enfatiza o conflito mente-corpo e a escola acaba reproduzindo esta dualidade em suas estruturas curriculares e em suas rotinas;
·         Reafirmamos nosso desejo de contribuir para um mundo diferente, uma vida menos banal, onde a “ética do cuidado” possa retomar o seu valor, ao favorecer em cada um o encontro com sua maneira singular de ser.
·         Na contramão do que é hegemônico, esta postura exigiria uma crença na vida como vontade de potência, e, por outro lado, uma concepção de conhecimento e de aprendizagem que não obedece a hierarquias,  que se processa de maneira rizomática, sem fronteiras (Deleuze, 2002). Nesta perspectiva, o cuidar seria uma referência importante, porque: (...) orienta o trabalho em relação a três ecologias (Guattari, 1990) e nos ajuda a avaliar:
·  I) a qualidade dos espaços/atividades Relacionadas ao eu (ecologia pessoal);
·  II) a qualidade das interações coletivas, relacionadas ao nós (ecologia social); e
·  III) a qualidade das relações com a natureza (ecologia ambiental) (Tiriba, 2007, p. 49).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DELEUZE, Gilles. Espinosa, filosofia prática. São Paulo: Escuta, 2002.
GUATTARI, Félix. “As três ecologias”. Campinas: Papirus, 1990.
FOUCAULT. Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1987.
TIRIBA, Léa. “Reinventando relações entre seres humanos e natureza nos espaços de educação infantil”. Revista Presença Pedagógica, v.13, n.76, jul./ago., Belo Horizonte, Editora Dimensão, 2007.
MATURANA, Humberto R., VARELA, Francisco J. A Árvore do Conhecimento. SãoPaulo: Editora Palas Atena, 2001.
MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.
TIRIBA, Léa. “Reinventando relações entre seres humanos e natureza nos espaços de educação infantil”. Revista Presença Pedagógica, v.13, n.76, jul./ago., Belo Horizonte, Editora Dimensão, 2007.























Músicas utilizadas:

Wolfgang Amadeus Mozart 1. AS BODAS DE FíGARO. "ABERTURA 4B SINFONIA N? 40 EM SOL ME-NOR, K. SSO 2. MOLTO ALLEGRO 7:27 3. ANDANTE 7B 4. MENUETTO. ALLEGRETTO 356 S. ALLEGRO ASSAI 651 SINFONtA N? 41 EM MAIOR, K. "JÚPITER" 6 ALLEGRO VIVACE 7 ANDANTE CANTABILE 816 8. MENUETTO: ALLEGRETTO 4 38 FINALE. MOLTO ALLEGRO 832

Referências bibliográficas: GENÚ, Marta. A corporeidade e as dimensões humanas. Disponível em:< http://www.artigocientifico.com.br/uploads/artc_1188342579_46.>




quarta-feira

Paralisação segunda-feira!

Assembleia do dia 15 de fevereiro: Rede estadual e municipal do Rio farão paralisação unificada no dia 24 de fevereiro

assembleia unificada das redes estadual e municipal do Rio,realizada no dia 15 (sábado), no Instituto de Educaçãodeliberoupor uma paralisação de 24 horas das duas redes no dia 24 defevereiro (próxima segunda-feira), com a realização de atividadespela manhã e na parte da tardeÀs 11hserá realizado um atoconjunto na porta da prefeituraaproveitando a realização de umareunião do Grupo de Trabalho que discute com a SME aimplementação do 1/3 de horário para planejamento. Logo após amanifestação na prefeituraos profissionais seguirão para seconcentrar na Candelária e, de sair em passeata até aCinelândiaonde será realizada uma aula pública, a partir das 15h, com os seguintes temas:

- Contra a meritocracia;

- Contra a precarização do trabalho;

- Contra a criminalização dos movimentos sociais e do direito demanifestação.

Na assembleia também foi aprovada uma nova paralisação de 24horas, no dia 1º de abril, com passeata da Candelária à Cinelândia.
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ
Endereço: Rua Evaristo da Veiga, 55 - 8º andar - Centro - Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 2195-0450