quarta-feira

Universidade, Estudantes e Ditadura foi o tema da 6ª Audiência Pública da CNV, que lotou o auditório da reitoria da UFMG

Depoimentos emocionam público jovem na primeira audiência pública temática da Comissão Nacional da Verdade


Depoimentos de ex-presos políticos e de familiares de mortos e desaparecidos emocionaram o público jovem que compareceu ontem à tarde à quinta audiência pública da Comissão Nacional da Verdade pelo país e a primeira focada em um tema específico, no caso, o da repressão ao movimento estudantil, realizada no auditório da reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais.

A grande maioria do público era formada por estudantes secundaristas do colégio Santo Antônio, que compareceram em peso ao evento, e alunos da UFMG. Todos se emocionaram com a homenagem aos 11 alunos da universidade mortos ou desaparecidos durante a repressão. Durante a leitura dos nomes das vítimas, eram exibidas suas imagens e o público seguiu a tradição de eventos de familiares de mortos e desaparecidos e gritavam “presente”.

Dois depoimentos foram longamente aplaudidos pelos presentes: o da jornalista Mariluce Moura, viúva de Gildo Macedo Lacerda, que exibiu trechos do filme Anistia, produzido em 1978 por ex-presos políticos e familiares de desaparecidos que reivindicavam o retorno dos exilados e informações sobre o paradeiro dos restos mortais de vítimas como Lacerda, cujo corpo nunca foi entregue pela repressão aos familiares. “Nunca paramos de batalhar por explicações”, afirmou.

Ontem completou 39 anos da prisão de Lacerda em Salvador. Ele foi morto, provavelmente, seis dias depois, em 28 de outubro de 1973, sob tortura, em Recife, mesma cidade onde teria sido assassinado outro ex-aluno da UFMG, João Carlos Novaes da Mata Machado, preso em São Paulo.

Mariluce estava grávida da única filha que teve com Gildo quando foi presa no mesmo dia que o companheiro. Ambos foram torturados. Ela relatou também a dificuldade que teve em obter direitos da vida civil. Sua filha, por exemplo, só foi registrada em 1988, aos 15 anos. Ela contou também que, em 1978, durante a luta pela Anistia, o clima de medo era muito grande.

O outro depoimento longamente aplaudido foi o de Ângela Maria Pezzuti, tia de Ângelo Pezzuti, preso político que morreu no exílio em 1975 e que foi barbaramente torturado quando esteve preso no Rio de Janeiro, junto com o irmão, Murilo. Além dos dois irmãos também foi presa a mãe deles, Carmela.

Segundo Ângela, seus sobrinhos foram vítimas do início da prática institucionalizada de tortura pelo regime militar. Segundo ela, métodos novos de tortura foram testados nos presos mineiros levados à Vila Militar, no Rio de Janeiro. Ela contou também das dificuldades que teve para visitar os sobrinhos e a irmã presa e que, numa oportunidade a visita foi negada pois Ângelo estaria muito machucado. “Quando finalmente os vi, parecia uma imagem de campo de concentração. Eles estavam muito magros, apenas com o rosto e as mãos limpas, mas suas unhas estavam imundas. Ofereci uma maçã a eles, Murilo comeu tão rápido que passou mal”, afirmou.

“Por mais dura que seja a realidade, por mais dura que seja, vale a pena lutar contra essa realidade. E, apesar do sofrimento, valeu a pena. Eu faria tudo de novo”, contou.

Além de Ângela e Mariluce, prestaram seus relatos os professores Apolo Heringer Lisboa, preso, torturado e exilado; Mauro Mendes Braga, preso em três ocasiões por participar de manifestações de estudantes, e Magda Neves, que foi presa e expulsa do mestrado que cursava por conta do decreto 477/69.
OAB E PROPOSTAS – Após os relatos, a Comissão Nacional da Verdade assinou um termo de cooperação com a Comissão da Verdade e do Memorial da Anistia, da OAB-MG, representada pelo presidente da comissão, Márcio Augusto Santiago. Em seguida, o advogado Carlos Augusto Cateb abriu a palavra aberta ao público, relatando as dificuldades que os advogados de presos políticos tinham para defender seus clientes no período.

Depois, várias pessoas se manifestaram, tais como o professor cassado João Mares Guia, a Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão, Silmara Goulart, do Ministério Público Federal de Minas Gerais, e o ex-deputado federal Nilmário Miranda.

Miranda defendeu o tombamento dos prédios do Dops e da Delegacia de Roubos e Furtos, onde ainda funcionam delegacias da Polícia Civil de Minas. Para ele, os locais devem ter, no mínimo, placas demonstrando que ali foram locais de tortura e morte. Silmara lembrou ainda que a Delegacia de Roubos e Furtos foi também um reduto de policiais ligados à Scuderie Le Coq, um dos primeiros esquadrões da morte. Silmara expediu ontem recomendação ao governo do Estado para que seja facilitado o acesso da população aos documentos do Dops. Segundo ela, nem todos os documentos estão públicos.

O membro da Comissão Nacional da Verdade José Carlos Dias informou a ambos que incluiria os dois temas na pauta do almoço que a CNV terá hoje com o governador Antônio Anastasia. Pela manhã, antes do encontro, a CNV se reunirá na sede da OAB-MG com a Comissão da Verdade da OAB-MG, a Associação Amigos do Memorial da Anistia e a Associação dos Trabalhadores de Ipatinga.

Outra pessoa que pediu a palavra e longamente aplaudida foi a estudante Clara, de 12 anos. Aluna do 7º ano, ela escolheu pesquisar a tortura na repressão, pois estuda sobre a ditadura para saber o que aconteceu no passado do país, “para evitar que esses fatos voltem a acontecer”. Ela fotografou e fez anotações durante a audiência e quis saber quantos estudantes foram vítimas da repressão no país e quantos em Minas Gerais. Segundo levantamentos iniciais da CNV, teriam sido 300 as vítimas oriundas do movimento estudantil, sendo em torno de 50 casos em Minas Gerais.

A audiência pública em MG foi a quinta realizada pela Comissão. Antes, a CNV esteve em Goiás, Rio de Janeiro, Pará e Pernambuco e recebeu os comitês da sociedade civil em Brasília. Esta foi a primeira audiência temática. Uma audiência com mulheres vítimas de repressão e outra com sindicalistas devem ser realizada no final de novembro e começo de dezembro, respectivamente, segundo a advogada Rosa Cardoso, membro da Comissão. A próxima audiência pública será no Paraná, em 12 de novembro. Além disso, a Comissão da Verdade já esteve em eventos no MPF, Sindicatos, se reuniu com familiares de mortos e desaparecidos no RS, RJ, SP, PA e PE e visitou a região do Araguaia.

Maria Rita Kehl foi incumbida de dizer as palavras finais da Comissão. Ela saudou a presença do movimento estudantil e que a CNV sempre apoiará a plena liberdade dos movimentos estudantis e todos os movimentos de luta pela igualdade de direitos. Maria Rita lembrou a presença de militantes do movimento camponês, que lembraram que as mortes no campo continuam.


“Essas populações estão mais isoladas e extremamente vulneráveis e ainda são vítimas de agentes públicos em pleno Estado democrático. A Comissão deverá publicar, junto com o relatório, recomendações enfáticas sobre as mortes no campo”, afirmou.


Anfitrião do evento, o reitor da UFMG, Clélio Campolina Diniz, disse que a presença dos jovens na audiência é fundamentalmente importante para a preservação da memória e a verdade. Ele destacou os trabalhos do Projeto República pela preservação da Memória Histórica, como a entrega dos documentos do AESI (Assessoria Especial de Segurança e Informações), braço do SNI nas universidades, ao projeto Memórias Reveladas.

Assessoria de Comunicação
Comissão Nacional da Verdade

segunda-feira

Dia do professor: a história da comemoração

Fonte: CONTEE

Por Daniele Moraes


Comemorado mundialmente no dia 5 de outubro, no Brasil o “Dia do Professor” é festejado em 15 de outubro. Instituído nacionalmente por meio do decreto Nº 52682, assinado pelo então Presidente da República João Goulart, em 1963, a data já era comemorada havia muito tempo. O primeiro registro histórico da celebração dada de 14 de maio de 1930, quando a III Semana da Educação, realizada na cidade de Bragança Paulista (interior de São Paulo), institui em seu programa de atividades o “Dia da Escola”.



Apesar da longa história em torno do Dia do Professor, poucos conhecem a origem desta homenagem e tão pouco as razões da definição da data. Tudo começou nos anos 30, quando diversas iniciativas foram tomadas por grupos de professores católicos. Comemorações como a festa do “Nosso primeiro Mestre”, lançada pela Associação de Professores Católicos do Distrito Federal (então, no Rio de Janeiro) ou o “Dia da Mestra”, instituído também no Rio pelo Departamento de Ensino Primário.



O 15 de outubro foi escolhido originalmente por ser a data evocatória de Santa Tereza d’Ávila. A santa, nascida em Ávila, na Espanha, e falecida em 1582, foi associada aos docentes por serem em sua maioria mulheres (e católicas). Além disso, Tereza d’Ávila também era conhecida pela notável inteligência, comparada, em seu tempo, a dos doutores da Igreja, e reconhecida por títulos religiosos e como “Padroeira dos Professores”.



No início da década de 30, as primeiras comemorações já aconteciam, mas sem grande repercussão, quando, em artigo publicado no “Jornal de São Paulo” (de 10 de outubro de 1946), o professor Alfredo Gomes (ex-presidente da Associação Paulista de Professores Secundários e da Sociedade Beneficente de Professores e Auxiliares de Administração e também diretor de entidades de classe como a União de Professores de Educação e Ensino e Associação Paulista de Educação) lança a Campanha pela oficialização do “Dia do Professor” a 15 de outubro, no Estado de São Paulo.



A Campanha esclarecia que, além da associação religiosa, a data possuía riqueza histórica. Afinal pode-se dizer que neste dia foi instituído o ensino público no Brasil, por decreto Imperial de D. Pedro I, em 1827. O referido documento assinado pelo Imperador ordenava a criação de escolas de “primeiras letras” (alfabetização) em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império.



Em 1947, formou-se, então, a “Comissão Pró-Oficialização do Dia do Professor”, com intensa atividade de mobilização no Ministério da Educação, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e na Secretaria de Educação. Em 13 de outubro de 1948, o Projeto foi transformado na Lei estadual nº 174.



A conquista paulista correu o País e quase todos os Estados aprovaram leis instituindo o feriado escolar do Dia do Professor em 15 de outubro. A partir daí, iniciou-se o trabalho pelo reconhecimento nacional da homenagem, por meio de decreto federal.



Em um trecho do Memorial enviado ao Ministro da Educação, solicitando a declaração de feriado escolar nacional, o professor Alfredo Gomes argumentou: “Se o professor é o generoso semeador de idéias que permitem o conhecimento da vida e acendem, no espírito, o sagrado fogo da esperança; se ele é quem faz e estimula vontades e caracteres; se é ele fator primacial na formação moral e intelectual das novas gerações, torna-se elementar ato de justiça e reconhecimento, homenagear sua missão pelo muito que representa para a Cultura e para a própria Nacionalidade”.



Finalmente, apenas em 14 de outubro de 1963, a data foi reconhecida nacionalmente. Passados quase 60 anos da primeira Lei estadual que instituiu a comemoração, podemos notar que o sentimento que motivou grandes educadores a lutar pelo reconhecimento do professor guarda incríveis semelhanças com as lutas atuais, sempre no anseio de contribuir com o desenvolvimento e o fortalecimento do Brasil.



Destacando seu idealismo, em ofício enviado ao Presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, o professor Alfredo Gomes exalta novamente a docência, refletindo: “Que é o professor, senão símbolo, senão exemplo? Símbolo da abnegação, exemplo de vocação humanitária! Símbolo da renúncia, exemplo da paciência! Símbolo do sacrifício, exemplo de heroísmo! Símbolo de amor, exemplo de consciência! Símbolo do sentimento, exemplo de idéias! Símbolo tranqüilo, exemplo de modéstia! (...) Benfeitor de gerações que se sucedem, da pátria que prospera, da humanidade que segue seu destino em busca de felicidade!”.



Hoje, quando enfrentamos tantas adversidades e quando nos deparamos com quantos desafios e dificuldades, é reconfortante conhecer essa história, que resgata o orgulho do profissional e ressalta o valor individual de cada trabalhador e a força coletiva de nossos educadores. A luta é árdua, mas o legado é inestimável.



Parabéns companheiros!

sexta-feira

Dicionário de Pernambuquês! Muito massssssa!

A

A BOLEU – Em grande quantidade, sem limite (Ex: Comprar a boléu)
A COMO É – quanto custa (ex: A como é o quilo do tomate, seu Biu? Prá senhora é de graça, freguesa)
A PULSO – ? força, na marra. Também se usa “na lei do apulso”. (Ex: Rafael foi estudar a pulso.)
ABESTALHADO – bobo, besta, pateta.
ABILOLADO – (ver. abestalhado)
ACOCHADO – apertado (ex: Se aperreie não, doutor. Vou deixar os parafusos da roda do carro bem acochadinhos)
AFOLOSADO – frouxo, quebrado. Ex: Não sente na cadeira, doutor, que ela está afolosada!
AJEGADO – O sujeito que é bem dotado.
AGUADO – Diz-se do café sem açúcar
ALCATIFA – Carpete
ALISAR – Moldura do batente da porta
ALMA – Contração de Alma-ceboza
ALMA DE GATO – Sujeito que gosta de aprontar, tranquino, treloso.
ALMA-CEBOZA – Ver alma-seboza.
ALMA-SEBOZA – Pessoa que tem maldade na mente (ex: Ladrão).
ALPERCATA – sandália de couro
ALTEAR – aumentar o volume da TV ou do aparelho de som
AMARRAR A CABRA – Embriagar-se, ficar de porre.
AMARRAR O JEGUE – ir embora.
AMOSTRADO – pessoa que gosta de aparecer, chamar a atenção.
APERREADO – Preocupado, com problemas, agoniado, situação de Stress, apoquentado, nervoso, em aperto financeiro.
APOIS – isso
ARENGAR – Implicar, discutir, brigar
ARRASTA-PÉ – Forró
ARRETADO(1) – muito bom, excelente, maravilhoso (ex: Êta dicionário arretado)
ARRETADO(2) – irritado, com raiva de algo ou alguém
ARRIAR (1) – quebrar, não suportar,
ARRIAR (2) – descer, baixar (Ex: Fulano arriou as calças)
ARRIBAR (1) – Subir
ARRIBAR (2) – Ir embora
ARRODEAR – dar a volta (ex: Mãe, o portão de casa está trancado. Arrodeia e entra pelos fundos, menino)
ARROMBADO (1) – é o cara que é o fodão, é o bonzão. Ver “Tampa de Crush”
ARROMBADO (2) – Bem, não precisa explicar né, o nome já diz tudo.
ASSANHADO – Pessoa empolgada, que chega junto das “muié”. Ex: Que menino mais assanhado, ja chega querendo me beijar!
AVALIE SÓ – interjeição equivalente a: imagine só, veja só.
AVEXADO – Apressado, afobado
AVEXAR – 1. Apressar, afobar. 2. Vexar, causar vergonha, humilhação.
AZURETADO – confuso, no mundo da lua

B

BACURAU – Último ônibus a passar na noite (Recife), também chamado de cata-corno. 2. Pássaro de hábitos noturnos.
BADOQUE – Estilingue, atiradeira.
BAITOLA – Viado
BANDA DE P??FANOS – Zabumba. Composta por dois pífanos, caixa, bombo, tambor e pratos. Tocam em solenidades religiosas ou profanas.
BAQUE – queda.
BARROQUINHA – O mesmo que covinha (da bochecha)
BATORÉ – baixinho
BEXIGA – Utilizada em expressão de espanto. (Ex. Tá com a bexiga. Que calor da bixiga).
BICHINHO – Forma carinhosa de chamar alguem. ex: Ei bichinho, venha aqui
BIGU – pegar carona
BILA – bola de gude
BILIRO – grampo de cabelo
BILOCA – (ó) Pênis.
BISCOITO/BOLACHA – biscoitos são DOCES, enquanto bolachas são apenas as SALGADAS!
BITI-BITI – pereba, machucados
BIXIGA – Ver bexiga.
BIZU – dicas
BLUSA – Blusas, blusinhas femininas ou Camisas Masculinas.
BOLA DE MARRAIA – Bola de gude.
BOMBEIRO – frentista de posto de gasolina.
BORA – Oi
BORA/SIMBORA – significa vamos embora
BORBOLETA – Personagem do auto popular Pastoril. Na versão sacra, o pastoril é representado por adolescentes e crianças do sexo feminino e a Borboleta é vivida pela menina mais jovem de cada um dos cordões (Borboleta).
BORESTA – Fazer nada. (Ex: Ficar de boresta)
BORIMBORA – Vamos embora
BOROCOXÔ – algo sem muito valor, desgastado. Ex.: Esse livro ta muito borocoxô.
BORRÃO – bloco de rascunhos.
BOTAR CHIFRE – O mesmo que botar gaia . Ver gaia .
BOTAR GAIA – O mesmo que botar chifre. Ver gaia .
BRINCAR DE MESTRE VITALINO – alusão ao artesão de barro mestre Vitalino que significa o mesmo que defecar. (não existe qualquer sentido pejorativo ao eminente artesão pernambucano)
BRONCA – problema (ex: Durma com uma Bronca dessas? !)
BUGIGANGA – Quinquilharia, objeto de pouco ou nenhum valor.
BULIR – mexer em algo ou com alguem.
BULIÇOSO – aquele que gosta de mexer em tudo

C

CABA/CABRA – referente a homen, menino, etc.
CABOCLINHO – O mesmo que cabocolinho. Bloco carnavalesco cujos participantes desfilam fantasiados de índio. O instrumento em forma de arco-e-flecha, marca o ritmo dos passos.
CABRA – 1. Sujeito, pessoa, elemento. 2. Fêmea do bode. 3. Mestiço de mulato e negro
CABRA BOM – (Ou caba bom ). Sujeito agradável, atencioso, educado, gentil.
CABRA DA PESTE – Homem forte, decidido. Referente a um homem ou menino de boa índole. Ex: Seu Chico ajuda a todos! Êta cabra da peste!
CABRA RÚIN – (Ou caba rúin ). Sujeito ruim, bandido, badernista, bagunceiro.
CABUETA – Variação de alcagüete, delator, dedo-duro.
CABUETAR – Variação de alcagüetar, delatar.
CABULOSO – que aperreia, nervoso, chato, peitica. Ex: Victor é cabuloso demais!
CACHETEAÇÃO – Variação de caceteação . Amolação, maçada: Deixa de cacheteação com a bola, jogador rúin!
CACIMBA – Escavação em baixadas úmidas ou leitos secos de rio, na qual a água se acumula como num poço.
CAFUÇÚ – Trabalhador braçal
CAGADO – Emprega-se para dizer que uma pessoa tem sorte: Fulano num (1) perde uma no dominó; ô bicho cagado! . (1) Ver verbete.
CAGANDO E ANDANDO – que não está nem aí, não está preocupado. Ex: Arier tá cagando e andando.
CAGANDO NA CABEÇA DA GALERA – vide “cagando e andando”.
CAIPORA – Indivíduo sem sorte e que dá azar; azarado, infeliz (Em Tupi, significa “morador do mato???.
CALDINHO – Comida típica. Uma espécie de sopa.
CALDO DE BILA – fraco, sem gosto
CALOTEIRO – quem deve e não paga. (Ex: Micróbio me deve 100 reais, caloteiro da peste !)
CAMISA – Qualquer camisa ou camiseta que possua mangas. Camisa Social, Camisetas Polo, Camisetas Normais, etc.
CAMISETA – Regata
CAMBITOS – Pernas finas
CANDINHERO – (ê) Variação de pronúncia de candeeiro . Aparelho de iluminação alimentado por óleo ou gás, com mecha de algodão em forma de pavio.
CANGAIA – o mesmo que cangalha
CANGALHA – pessoa com as pernas arqueadas.
CANGOTE – pescoço. (Ex. Dei um cheiro no cangote dela)
CANJICA – Cural
CÃO CHUPANDO MANGA – o bom, o cara que sabe tudo, o tal, o “tampa de Crush”, o “supra sumo”
CAPOTARIA – Tapeçaria
CAPOTE – Galinha de angola
CAPOTEIRO – seria o tapeceiro
CARECER – Precisar de
CATA-CORNO – (ver. Bacurau)
CATABIU – buraco na estrada
CATINGA – mau cheiro
CATITA – Camundongo
CATOLÉ – Variação de catulé. (Do Tupi). Palmeira cujo coco proporciona um óleo utilizado na alimentação; anajá; o fruto dessa palmeira.
CATOTA – meleca do nariz
CATUCAR – Cutucar
CAVALETE – Escada domestica
CEBOLA – Utilizada em expressão de espanto. (Ex. Tá ca cebola. Que calor da cebola).
CHAMEGAR – namorar, se esfregar no namorado (ex: Tás triste assim por que, mulher? Falta de chamego)
CHAPISCO – Aplicação de argamassa e areia (até cimento) no muro, para torná-lo áspero. A palavra se origina (onomatopéia) do ruído produzido pela colher do pedreiro ao jogar a massa até o momento em que ela (a massa) se choca com a parede.
CHAPOLETADA – pancada forte.
CHAVE ESTRELA – Chave Philips
CHEGAR – Expressão de despedida: Vou chegando , Vou chegar . Quer dizer: ir embora.
CHEGA TÔ/TÁ – Chego a estar. (Ex: Aqui tá muito quente, chega tô ficando suado. Essa manga tá bem madura, chega tá amarelinha)
CHEGUE – Venha cá
CHEGUEI(OU CHEGAY) – de corres berrantes, de gosto duvidoso.
CHEIRO – beijo
CHIFRE – Ver gaia
CHUMBREGAR – Ver sarrar
CHUNCHADA – Zumbido
CIRANDA – Dança típica do litoral pernambucano. Os participantes giram de mãos dadas, em círculo, com passo característico e cantam, repetindo um refrão, enquanto a cirandeira ou o cirandeiro canta versos memorizados de geração a geração, ou de improviso. Encontrada particularmente em locais como a “estrada de Paulista”, entre esta cidade e Olinda, e na Ilha de Itamaracá.
COCA-COLA/FANTA – gay (Ex: Fulano é coca-cola)
COMER BROCHA – passar por apuros, por dificuldades (ex: Comi brocha para mudar o pneu do carro)
COMER O CARTÃO – Ser demitido, mandado embora.
CONFEITO – Balas ou outros docinhos
CONTRA-CHEQUE – Holerith
CORTAR JACA – estimular, ajudar o namoro de amigos ou parentes
CORÔCA – lagartixa (no interior de Pernambuco)
CRÉU – utilizado quando algo é muito difícil (ex.: Eita negócio difícil do créu)
CU-DE-BOI – problema infernal, cunfusão
CUVICO – Variação de cubículo. Pequeno cômodo.

D

DA GOTA – quando alguma goisa ou alguém é muito legal. Ex: essa cerveja é da gota de boa!
DAR O CAGÃO – defecar.
DAR O LAVRA/DAR LAVRANDO – Sair de repente, sem deixar pistas. Sair repentinamente ou simplesmente ir embora.
DAR O MIJÃO – urinar.
DAR O PIRA – vide “dar o lavra”.
DAR O TANGO NO MANGO – dar problema, quebrar, dar a louca.
DAR UM X E XO – (ê). Não pagar a dívida.
DE HOJE A OITO – de hoje a oito dias, inclusive (ex: Você viaja hoje, Biu? Não, Zé, de hoje a oito)
DE JEITO MANEIRA – de modo algum
DÊ O LAVRA – Saia em quanto é tempo
DE ROSCA – algo difícil de ser realizado, duro de sair (ex: E este gol que não sai? Parece que está de rosca)
DENTIQUERO – Dente-do-ciso
DESMANTELO – Ato ou efeito de demolir, arruinar; derribar. Ver dirmantelo .
DIABÉISSO – o que é isso (“Que diabo é isso? ???”)
DIRMANTELO – Variação da pronúncia de desmantelo; diz-se ? visão de uma mulher muito bonita ( Uma mulher dessas é um dirmantelo pra qualquer homem! ). Ver desmantelo .
DO TEMPO DO RONCA – Muito antigo, velho demais: Esse carro é do tempo do ronca.
DOR DE VEADO – o mesmo que “dor desviada”; dor abdominal que dá geralmente em quem bebe muito líquido e vai fazer exercício logo depois.
DUDU – (ver sacolé)

E

E APOI – o mesmo que: e então!
E APOIS?! – Variação de Apois, que por sua vez já é uma variação da conjunção Pois. Indica espanto ao concordar com alguma coisa: – Você está animado para ver o jogo? – E apois?! Ou: – Você tá muito feliz, num tá? – Apois num tou?!
EITA – exclamação
EM GROSSO – No atacado. (Ex: Comprar em grosso)
EMPANZINADO – cheio de comer
EMPRENSADO – dia de folga vítima de feriado prolongado
ENCARNADO – Vermelho, da cor da carne.
ENCARNAR – 1. Perseguir alguém, incomodando, aborrecendo. 2. Avermelhar, dar cor da carne a estátuas e outros objetos; 3. ser a personificação de.
ENFORQUILHAR – Prender na forquilha; dar forma de forquilha a; sentar-se deselegante a cavalo.
ENTÃO – certo
ESBORRAR – Transbordar
ESCANCHADO – Aberto, separado; com uma perna de cada lado de alguma coisa; enforquilhado.
ESCANCHAR – Abrir, alargar as pernas, quando montado a cavalo ou jumento.
ESCAVACAR – Fazer em cavacos, despedaçar, quebrar.
ESMOLÉ – mendigo, pedinte
ESPETACULOSO – Algo muito chamativo
ESPREGUIÇADEIRA – Cadeira de encosto reclinável, também chamada de preguiçosa. Consiste numa armação de madeira, ? qual se adapta um tecido (lona) ou um pedaço de couro.
ESSE MENINO OU ESSA MENINA – vocativos. Por ex: – Que horas são, essa menina? – Hora de deixar de ser enxerido, esse menino? !
ESTAR COM A BEXIGA LIXA – estar com o diabo no couro, estar com tudo.
ESTAR COM A BOBÔNICA – igual a estar com a bexiga lixa, só que no interior de Pernambuco
ESTAR COM A FEBRE – variação de “estar com a bobônica” (ambos na verdade são corruptelas de “estar com a febre bubônica”), também usado no interior do estado. Evite usar esta expressão em Recife: vão pensar que você é “matuto”!
ESTAR COM A MACACA – mais uma variação de “estar com a bobônica, com a bexiga lixa”.
ESTAR COM A MOLÉSTIA – estar mais do que com a bexiga lixa, estar muito “arretado”!
ESTAR NO RATO – pessoa que está há muito tempo sem namorada(o) ou afins.
ESTILAR – Não gostar de uma brincadeira. Aceitar mal
ESTRUIR – Desperdiçar: Pegue só o que você é capaz de comer para não estruir o resto!
ÊTA – contração de “eita”.
EU ACHO É POUCO – 1. Expressão interjetiva com intenção de desprezo, escárnio, maldição: . 2. Nome de um dos blocos que desfilam no carnaval de Olinda.
EU ME ABRO – Diz-se quando a pessoa ri com alguma coisa ou alguém: Eu me abro com as piados de Zé Lezin .

F

FARDA – Uniforme
FARNESIM – Variação popular de frenesi. Delírio, desvario, arrebatamento, impaciência, inquietação, gastura, arrepio, comichão, agitação nervosa.
FARRAPAR – “Dar balão”. Marcar um compromisso e não aparecer.
FAZER O BALÃO – Dar a volta com o carro em um circular.
FECHECLÉR – Zíper, fecho de calça (vem do francês “fecho ecláir”)
FERA – Sujeito recém-aprovado no vestibular; algo bom, legal, interessante.
FILAR – No colégio, olhar a prova dos outros.
FODEU A TABACA DE CHOLA! – O que já estava ruim piorou de vez! Equivalente ao espanhol “Ahora és que si fodió todo!”. Note que “chola” significa cachorra vira-lata no cio. Bem, “fodeu a tabaca” dispensa maiores explicações.
FRISOS – Enfeites cromados em um carro
FÚBA – Fubá
FULEIRO – De má qualidade (objetos), sem-vergonha (pessoas)

G

GABIRU – rato grande; estado de “rato” muito grande(vide “estar no rato”).
GAIA – Variação de galha. Chifres de corno, o indivíduo vítima de uma infidelidade. Em outros estados brasileiros existem variações como pontas, chapéu de touro. Traição carnal numa relação a dois. Botar gaia? : função ativa na relação (principalmente a mulher: traidora, gaieira (1) ); Levar gaia? : função passiva na relação (principalmente o homem: traído, gaiudo (2) , chifrudo, corno). (1) Galheira; (2) galhudo.
GALEGO – pessoa loura ou alourada.
GELO BAIANO – blocos de concreto pintados de branco usados para separar as vias de trânsito.
GIRADOR – do trânsito de veículos: circular, rotatória.
GOSTO DE G??S – (ô) Forte entusiasmo, muita disposição.
GOTA SERENA – quase o mesmo que estar com a peste. gota serena é quando o sujeito está muito danado, muito animado; ele está com a gota serena.
GRAXA – molho de comida. Ex: – Está boa a comida? – Bote mais uma graxinha, a mode lubrificar o peritônio!
GRÉIA – azoação (ex: A festa foi a maior gréia)
GUAIAMUM – tipo de caranguejo de casco azulado e carne adocicada, muito apreciado por conterrâneos pernambucanos e turistas.
GUARAN?? – denominação genérica de qualquer refrigerante. Ex: – Que guaraná você quer, Juquinha? – Coca-Cola, mainha!

I

IAPOI – o mesmo que “e apoi”.
INFELIZ DAS COSTA OCA – É um tipo de xingamento. Ex: Aquilo é um infeliz das costa oca, um mal carater, um mal elemento!
INHACA – catinga, mau cheiro.
INTERAR – (Por inteirar). Completar: Me dê aí um dinheirinho preu interar minha passagem.

J

JANTE – roda do carro
JERIMUM – Moranga (abóbora)

L

LANTERNEIRO – funcionário da oficina mecânica que corrige imperfeições na lataria do carro.
LAVRA – Ver dê o lavra.
LENDA – Uma mentira que já surtiu efeito em pequenas comunidades, afetando seu modus vivendi, e que só foi descoberta tardiamente; mentira. Ex: – Mário me disse que capotou o carro 4 vezes e depois ainda saiu andando. – Isso é lenda dele.
LESEIRA – abestalhamento, idiotice, molesa.
LESO – abestalhado, demente, idiota, doido da cabeça.
LINGUA TRELOSA – pessoa que gosta muito de zuar, que fala besteira.
LISO – sem dinheiro.
LOLÓ – mistura de éter e clorofórmio utilizada como entorpecente no carnaval (é proibido e prejudicial ? saúde: causa câncer)

M

MACACO – ganbiarra, gato e cabrito
MACAXEIRA – variedade comestível da mandioca
MACHO – Valente, brabo, cabra da peste.
MAINHA – o mesmo que mamãe; diminutivo de mamãezinha.
MALA – Ladrões, almas-sebozas, etc. (Ex: A esta hora da noite os malas estão soltos)
MAL-ASSOMBRADO – Diz-se quando uma coisa não vai bem ou não está clara: Fulano está vivendo um casamento mal-assombrado; ou: Vive metido nuns negócios mal-assombrados .
MALOQUEIRO – menino de rua, pivete
MAMULENGOS – bonecos de espetáculos para divertir as crianças. Podem ser controlados por fios ou ôcos, onde se coloca a mão dentro para dar-lhes movimento. Teatro de mamulengos: pequeno palco onde os mamulengos se apresentam.
MANEIRO – coisa leve, que não tem muito peso (ex: Esse pacote está bem maneirinho)
MANGAR – tirar sarro
MARRETAR – furtar coisas de pouco valor.
MARRETEIRO – ladrão vagabundo.
MASSA! – interjeição: muito bom, legal, excelente!; fera.
MATUTO – caipira, pessoa do interior.
MEI MACACO, MEI SAGÜIM – Emprega-se para questionar a autenticidade de alguma coisa ou pessoa. (Ex: Ele me arranjou um pedreiro mei macaco, mei sagüim?”, “Botou uma comida mal-assombrada, um negócio “rúin???, mei macaco, mei sagüim!”)
MEI PEDA, MEI TIJOLO – Ver mei macaco, mei sagüim.
MEIO-FIO – paralelepípedos que separam a calçada da rua.
METIDO A CAVALO DO CÃO – metido a besta, sujeito que pensa que é muita coisa sem ser.
METRALHA – Entulho
MOCHILA – Sacola de mercado
MONSTRO(1) – uma pessoas sinistra de atitudes estravagantes (Ex: Tu é um monstro)
MÓNSTRO(2) – pessoa entendida sobre certo assunto. (Ex: “José é um monstro no tamborim! Toca muito bem”).
MORINGA – vaso de barro onde se armazena água.
MUGUNZA – canjica
MULÉ – forma de chamar mulher
MURIÇOCA – pernilongo.
MURRINHA – O mesmo que desgraçado, lascado. (Ex: “Tu és uma murrinha!”).

N

NARIZINHO DE PORROTE – nariz achatado e não muito saliente.
NA TODA – Com muita pressa, na carreira, em toda a velocidade: Quando soube do que estava acontecendo, Fulano saiu na toda para o local.
NO PRÓ – sem problemas, sem bronca.
NOPRÓ – problema de difícil solução (ex: Já recebeu o dinheiro? Que nada, deu o maior nopró lá no banco)
NOS CAFUNDÓS DO JUDAS – muito longe (variantes: “nos quintos dos infernos”, “onde o vento faz a curva”, “onde judas perdeu as botas”)
NÓ CEGO – problema de difícil solução, sujeito enrolado, complicado

O

O TAMPA – sujeito bom em algo.
OIÃO – Olho grande, inveja.
OITÃO – parte do quintal que dá para os lados da casa
OLHO DE BILA – Pessoas com o globo ocular saltado. Pessoas invejosas, com “olho grande”.
OVO – nada (Ex: Não entendi OVO)
OXE, OXENTE, UXE, UXENTE – interjeições de espanto (corruptelas de “oh, gente!”)

P

PAIA – mulher feia; festa desanimada; objeto ruim, de má qualidade; o mesmo que fuleiro.
PAINHO – o mesmo que papai; corruptela de papaizinho.
PANTEL – Brabo, corajoso. Variação para o masculino de pantera (quer dizer: o macho da pantera) . Palavra criada pelos “machistas??? de Ribeirão/PE, por não aceitarem o apelido de pantera (“palavra feminina para qualificar macho?! Ôxe!!???); assim, criaram o pantel .
PARADA – Ponto de ônibus
PAREDE E MEIA – perto, vizinho. Ex: minha casa fica parede e meia com o supermercado.
PASSARINHA – Placenta de vaca frita de aparência semelhante ? filé de Fígado.
PEBA – vagabundo, de má qualidade
PEGOU AR – Expressão que significa perder a paciência ou não gostar de algum comentário. (Ex: “Ôxe! Zé não gostou da brincadeira, pegou ar!”)
PEGOU EM MERDA – Diz-se quando alguém se dá mal em alguma coisa: Fulano pegou em merda!
PEGAR EM BOMBA – Ver pegar em Merda
PEGAR EM BOMBA CHIANDO – “Pegar em bomba” agravado.
PEGAR O BÊCO – Sair fora, ir embora.
PEGUENTO – suado, suarento; pegajoso.
PEITICA – insistência, renitência.
PEREBA – inflamação, ferida em qualquer parte do corpo.
PERRENGUE – dificuldade financeira (Ex: “To passando por um baita perrengue”).
PERRONHA – sujeito que joga mal o futebol.
PERÉBA – inflamação, ferida em qualquer parte do corpo.
PICHAIM – cabelo carapinhas, enrolado.
PICHETE – o mesmo que cabelo pichaim.
PINDAÍBA – sem dinheiro, passando por uma situação difícil. Ex: Estou numa pindaíba da febre.
PIRANGUEIRO – sujeito pão-duro, avarento
PIRIQUITA/PRIQUITO/PIQUITO – Vagina.
PIRRAIA – Variação de pirralho. Comum aos dois gêneros. Caracterização de quem é pequeno. Criança, guri.
PISA – Bronca. (Ex: “Joana deu um pisa na filha”).
PISAR – Ir embora. (Ex: “João pisou”).
PITOCO – 1. Botão de aparelho de som. 2. Coisa ou pessoa pequena.
PITOMBA – fruta de casca marron, interior viscoso.
PÃO BOLA / PÃO REDONDO – Pão hamburguer
PÃO CAIXA – Pão de forma
PÃO COM BANHA – Diz-se quando um homem faz sexo com uma mulher logo depois que outro fez: Você pensa que levou vantagem comendo Rosinha? Você comeu foi pão com banha de Fulano .
PARÊIA – Amigo, camarada (Ex.: Diga aí, parêia!)
PÉBA – vagabundo, de má qualidade; o mesmo que fuleiro, paia. De qualidade inferior, ordinário, reles.
PEGADO – “Dinheiro Pegado”, dinheiro alto, não trocado (Ex: nota de R$ 50,00)
POTOCA – Conversa sem importância. (Ex: Fulana tava lá conversando potoca)

Q

QUE NEM – igual a, tal qual (ex: Se avexe, menino, você hoje está que nem aruá)
QUEBRAR CATULÉ – “Quebrou catulé”. Diz-se quando a arma de fogo falha (não dispara); quebrar coco.
QUENGA – Mulher vulgar; Puta

R

RABO PRESO – Diz-se quando alguém tem comprometimento com pessoas envolvidas em coisas ilegais ou reprováveis: Fulano não abre o bico porque tem rabo preso .
RALA-BUXO – festa onde se pode dançar, forró
RAPARIGA – Prostituta (Ex: Filho de uma Rapariga)
RATO (TOU NO RATO) – Liso, quebrado, sem dinheiro.
RELAR – arranhar (ex: Foi passear de tobogã, relou a bunda)
RESENHA – resumo, história
RISADAGEM – Riso de perder o fôlego
ROCHEDO – “O cara é Rochedo”, o cara é gente boa, de confiança
RODAGEM – estrada (mais usado no interior do estado)
ROMPER O ANO – atravessar a festa de ano novo (ex: Onde você vai romper o ano? Em Boa Viagem, é claro)
ROÇAR A PITOCA – dançar coladinho, tirar um sarro.
RÚIN – Variação da pronúncia de ru i m (í).

S

SACOLÉ – picole em saquinho – gelinho
SAIMENTO – Atrevimento, enxerimento, saliência, exibicionismo.
SARARÁ?(1) – formiga pequena, da bunda vermelha
SARARÁ?(2) – pessoa de feições negras e cabelo alourado ou avermelhado (provavelmente resultantes do cruzamento de negros e holandeses).
SARGAÇO – algas marinhas.
SARRAR – Namorar se esfregando (compatível com o “dar uns máio”)
SE ABRIR – gargalhar, rir em demasia.
SEGURAR A VELA – acompanhar um casal de namorados ao restaurante, ao cinema etc.
SEM UM TOSTÃO FURADO – sem dinheiro. Ver “liso”.
SENTIDO – 1. Triste, pesaroso: O menininho chorava de um jeito tão sentido, que dava pena. 2. Começando a apodrecer, com princípio de cheiro e sabor ruins: Esta manteiga está sentida .
SINAL – semáforo
SORÓ – bobo
SUPRA SUMO – o bom, o maioral, aquele que está acima do “tampa de Crush” e do “cão chupando manga”
SUPRA SUMO DO CU DO PATO – o bom, o maioral, aquele que está acima do “tampa de Crush” e do “cão chupando manga”.

T

TABACA – Vagina, perseguida, vulva
TABACA RASPADA – Nome dado á Vila do Arlen
TABACUDO – bobo, “abestalhado”, abobado, “abilolado”
TABELIER – painel do carro
TAMBORETE DE ZONA – sujeito baixinho.
TAMPA – sujeito bom em algo
TAMPA DE CRUSH – é o cara que é “muito tampa”: o tipo do sujeito que toma uma Crush quente sem fazer careta!
TARECO – Biscoito de massa de pão-de-ló.
TIRAR O CABAÇO – desvirginar.
TIRAR ONDA – Tirar sarro
TORAR – partir, quebrar; desvirginar.
TORAR UM AÇO – sentir medo intenso, passar por situação de aperto. A origem do nome tem haver com a contração dos esfíncteres.
TOTÓ – Pimbolim
TOU NO RATO – (Ver rato).
TRANCELIM – Cordão de ouro, colar.
TRAQUINO – menino traquino, o mesmo que menino agitado, levado.
TRELOSO – o mesmo que arteiro
TRIBUFU – mulher feia.

U

UM PÉ LÁ?, OUTRO CÁ? – ir e voltar rapidamente. Diz-se também “Vou num pé e volto no outro”.
UNHA DE FOME – Diz-se de quem não gosta de gastar de dinheiro.

V

VENENO DO RATO – quando alguma coisa é muito boa, ex: esse cuscuz está o veneno do rato.
VIRADO NO MOLHO DE COENTRO – estar com tudo e não dever nada a ninguém. Ser capaz das maiores realizações, por exemplo subir em um pé de coentro sem curvar seu caule.
VISSE? – Por “Viste?”. Expressão largamente difundida no Recife: Hoje eu não vou, não, visse? ; ou: Tu visse o que aconteceu?! . Essa variação da segunda pessoa (pretérito perfeito) para o imperfeito do subjuntivo se dá em muitos outros verbos: Tu olhasse? ; ou, simplesmente: Olhasse? ; Fosse? ; Chamasse; etc. Existem também as variantes pronominais com emprego do pronome na segunda pessoa e verbo na terceira: Tu quer um pedaço de bolo?. Ou este outro tipo de construção: Adoro tu ; “Tou com saudade de tu…? (Dominguinhos e Nando Cordel, Gostoso Demais ).
VIXE MARIA! – expressão de espanto, de susto. Ex.: Vixe maria! Que cangaceiro perigoso da peste!
VO NÃO – não vai
VOINHA – o mesmo que vovó; corruptela de vovozinha.
VÔTE, HOMEM! – interjeição de espanto (corruptela de “Vou-te, homem!”). Mais usada no interior do estado.

X

XEREM – Polenta
XEXERO – (ê). Por seixeiro . Caloteiro, mau pagador, passador de xexo.
XEXO – (ê). Por seixo . 1. Calhau, fragmento de rocha. 2. Calote em prostituta. Consta que, ao tempo da mineração, o minerador sem dinheiro para pagar; prostituta fingia dar-lhe uma pepita e, em lugar disto, dava um seixo; daí a expressão: Passou um xexo ou Deu um xexo .
XIMBRA – Bola de gude.

Z

ZABUMBA . Ver banda de pífanos .
ZAMBETA – de pernas tortas
ZAROLHO – vesgo, que tem os olhos trocados
ZOADA – barulho, confusão (ex: Que zoada é essa? É o trio elétrico passando)
ZONA(1) – local do baixo meretrício
ZONA(2) – bagunça, confusão (ex: Joãozinho, vá arrumar o seu quarto, que está a maior zona)
ZUADA – o mesmo que zoada.

terça-feira

Estamos também no Sepe Nova Iguaçu -


Fomos pedir esclarecimentos sobre a lotação dos novos concursados!


 O SEPE esteve hoje 01/10/2012 na Secretaria de Educação- SEMED, para acompanhar os novos concursados que estavam com dificuldade em conseguir lotação: questões como a falta de um mapa de vagas para que se pudesse visualizar a carência, vaga existente na SEMED que não era reconhecida pela direção entre outras. Em relação a esses problemas o chefe de recursos humanos da SEMED fez os seguintes esclarecimentos:

·O mapa de vagas estava a disposição dos concursados, porém não foi afixado para não dificultar o trânsito das pessoas e a agilidade do processo, entretanto as informações estavam sendo fornecidas de acordo com a demanda
de deslocamento para outra escola e/ou moradia conforme informado;

·Os dirigentes das unidades escolares que se equivocaram em relação á lotação dos novos concursados foram esclarecidos mediante e-mail. Segundo o chefe do RH, Sr. Eduardo, estas situações foram pontuais e já foram contornadas.

·Em relação aos professores EAA e SR ( 25 PI itinerantes e 25 PII regentes
na sala de recursos), o setor responsável sob orientação da profa. Márcia informou que estará realizando uma reunião amanhã, dia 02/10/2012, para formação e encaminhamento das dinâmicas próprias desse tipo de atendimento (educação inclusiva) na rede municipal. Informou ainda que todos já foram lotados e que apenas dois casos ficaram pendentes devido ausência desses no
dia da posse.

A direção do SEPE permaneceu durante a manhã desta segunda feira para acompanhar estas questões. Caso ainda haja algum caso que não foi
resolvido, solicite acompanhamento do SEPE.



Fonte: www.sepenovaiguacu.org
Participe do grupo:
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Professor é agredido em sala de aula

 

Polícia investiga denúncia de que, após retirar aluno da classe por indisciplina, acabou espancado pela mãe, irmão e amigo do jovem

POR Diogo Dias
Helvio Lessa
 
Rio - Depois de repreender seu aluno por ato de indisciplina, um professor de Matemática foi agredido dentro da sala de aula supostamente por parentes do adolescente.

Ramon Ricardo Ribeiro, 43 anos, teria sido ameaçado de morte após o caso, que aconteceu no dia 29 de setembro. Ele pediu a transferência do Ciep Estadual Raul Seixas, em Costa Barros e o caso está sendo investigado pela polícia e pela Secretaria de Educação.

Segundo Ramon, a confusão começou após ele retirar de sala um aluno de 17 anos, de turma noturna do Ensino Médio. O adolescente procurou a secretaria da escola, para dizer ter sido chamado de ‘burro’, e foi para casa.
 
 
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
O professor trabalha na escola há 10 anos, mas não quer mais continuar | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Conforme relato do professor, o estudante voltou à escola 15 minutos depois, acompanhado da mãe, irmão e amigo. A mãe teria dado tapa no rosto dele, que reagiu dando outro no rosto dela.

Nesse momento, segundo o professor, o aluno e os outros dois começaram a agredi-lo com socos e chutes. A confusão só terminou com a interferência de outros alunos.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Registrei o caso para que tomassem providências em relação à segurança dos profissionais da escola. Não quero mais trabalhar lá. Estou tentando a transferência, mas isso não é o bastante. Precisam tomar providências para por segurança. As pessoas não podem entrar na escola e agredir um professor com facilidade”, reclamou.

Ele trabalha na escola estadual há dez anos e conta que o processo de transferência está em andamento. Ele contou ainda que ele e outro professor que o ajudou teria sido vítima de ameaças.

Secretaria apura o caso

A confusão está sendo apurada pela Secretaria Estadual de Educação, e os envolvidos, sendo chamados para prestar esclarecimentos. A direção da unidade informou que o Ciep possui câmeras e que se trata de um caso isolado. A 39ª DP (Pavuna) investiga como lesão corporal e ameaça.
O professor fez exame de corpo de delito e diz que sua revolta não é contra a família, mas com a falta de estrutura na escola.