domingo

Só no ano passado, foram 338 assassinatos decorrentes da homofobia no estado do Rio de Janeiro

Fonte: O Globo


Manifestantes protestam contra 'cura gay' durante mais de 4 horas no Rio

Ato reuniu aproximadamente mil pessoas no Centro da cidade. Concentração foi na Igreja da Candelária e terminou em frente à Câmara.



Leia em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/06/manifestantes-protestam-contra-cura-gay-durante-mais-de-4-horas-no-rio.html

Trecho da matéria:

Para Moreira, a aprovação da lei que criminaliza a homofobia é de fundamental importância para a comunidade LGBT. "Enquanto isso não acontecer, a violência vai continuar. Só no ano passado, foram 338 assassinatos no estado do Rio.

quinta-feira

Centrais farão paralisações conjuntas em todo o país no dia 11 de julho


As oito centrais sindicais do país se reuniram nesta terça-feira (25), em São Paulo, para anunciar uma decisão histórica: CTB, CUT, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas e FS irão organizar, de maneira conjunta, uma série de paralisações por todo o Brasil no dia 11 de julho, com o propósito de pressionar o governo e o empresariado a aprovar a pauta de reivindicações da classe trabalhadora.


A reunião das oito centrais antecedeu o encontro que seus representantes terão com a presidenta Dilma Rousseff nesta quarta-feira, em Brasília. Para o secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro, foi importante o movimento sindical demonstrar unidade neste momento em que o país tem visto milhões de pessoas saírem às ruas para protestar por mudanças. 

“Nosso papel será levantar as bandeiras de luta da classe trabalhadora e incorporar as reclamações das ruas. Nós vemos com bons olhos o que está acontecendo no país e já temos há tempos uma proposta de concreta para que o Brasil se desenvolva”, afirmou o dirigente da CTB, referindo-se à Agenda da Classe Trabalhadora, documento formulado pelas centrais em 2010, durante a segunda Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). 

Luta pela democracia e pelos direitos trabalhistas

Ao encerramento da reunião, as centrais definiram que o 11 de julho será chamado de Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, a partir do lema “Pelas Liberdades Democráticas e pelos Direitos dos Trabalhadores”. 

As lideranças sindicais também definiram nove bandeiras de luta como fundamentais na atual conjuntura. A lista abaixo será entregue à presidenta no encontro desta quarta-feira e ganhará destaque em cada parasalição que será realizada em 11 de julho: 

- Fim do fator previdenciário
- 10% do PIB para a Saúde
- 10% do PIB para a Educação
- Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários
- Valorização das Aposentadorias
- Transporte público e de qualidade
- Reforma Agrária
- Mudanças nos Leilões de Petróleo
- Rechaço ao PL 4330, sobre Terceirização.

Paralisações

Após a reunião com Dilma, os representantes das centrais voltarão a se reunir nos próximos dias para acertar os detalhes das paralisações que devem parar o Brasil no dia 11 de julho.

Para Pascoal Carneiro, será importante a regionalização dos atos, no sentido de interromper, nem que seja por algumas horas, os principais centros produtivos do país. “Iremos demonstrar nossa capacidade de articulação e contribuir para que essa onda de manifestações tome um rumo progressista, no sentido de trazer melhorias concretas para a classe trabalhadora e de impedir que qualquer movimento antidemocrático ganhe força perante a sociedade”. 

Fernando Damasceno – Portal CTB

sábado

Partidos de esquerda e movimentos se reúnem por agenda ampla

 

Em busca da consolidação de uma unidade ampla, partidos de esquerda e entidades sindicais e representantes de movimentos sociais se reuniram na noite desta sexta-feira (21), em São Paulo. Examinaram a conjuntura marcada pelas manifestações das duas últimas semanas e deram passos para unificar uma agenda de lutas.

Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho



Moara Crivelente
Plenária esquerda 1
A plenária ocorre em meio a uma onda de manifestações populares que tomaram as ruas de todo o país, mas que nos últimos dias foram infiltradas por forças reacionárias e grupos de vândalos que tentam se apropriar e desvirtuar o caráter democrático dos protestos.

A reunião teve a participação de 76 entidades que representam os movimentos sindicais e sociais brasileiros, entre eles, o Movimento Sem Terra (MST), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União da Juventude Socialista (UJS), a Marcha Mundial de Mulheres, o Levante Popular da Juventude, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Também integraram as discussões representantes do PT, PCdoB, PSTU, Psol, PCO, PCB, PSB e PPL.

O encontro foi marcado pela necessidade de os movimentos sociais e de os partidos progressistas – legítimos representantes do povo brasileiro – politizarem as discussões e levarem para as ruas as reais agendas da classe trabalhadora. Para o vereador paulistano e presidente do PCdoB no estado de São Paulo, Orlando Silva, as novas formas de mobilizações e iniciativas da juventude reafirmam que só há conquistas com lutas. “Creio que foi importante a iniciativa do prefeito de SP, Fernando Haddad, de recuar e rever o reajuste da tarifa do transporte e creio que a unificação de um programa de luta comum pode ser importante para impulsionar avanços nos vários movimentos do Brasil, a começar pelo governo da presidenta Dilma. Se houve um levante, uma rebelião, uma revolta da dimensão que o Brasil viu é porque valeram muito as conquistas até aqui, mas o povo, os trabalhadores e a juventude querem mais.”

O dirigente comunista disse que assim como a pauta da melhoria do transporte, as forças progressistas e os movimentos organizados devem abordar também a questão da moradia, da reforma urbana, da necessidade de se avançar no ritmo da reforma agrária, do financiamento público de campanhas eleitorais e a reivindicação de 10% do PIB do país para a educação. “Creio que uma primeira tarefa é fechar uma agenda comum. Em segundo lugar é replicar nos estados plenárias como estas que podem agrupar e articular para que possamos ter consequência, mobilização nata e novas conquistas.”

Em sua intervenção, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que independentemente dos matizes ideológicos de cada entidade ou partido é necessário buscar os pontos que identificam todos com as lutas do povo nas ruas. O dirigente do PSTU, José Maria de Almeida, defendeu os movimentos que estão nas ruas, mas lembrou que esse processo deve ser dirigido pela classe trabalhadora e suas pautas. “Vamos cobrar nossas reivindicações dos governos municipais, estaduais e do governo federal.”

Em entrevista ao Vermelho, Ricardo Gebrim, da Consulta Popular, falou que as forças de esquerda devem assumir um calendário conjunto de ações que os coloquem como o verdadeiro protagonista dessas insatisfações, já que elas têm forte acúmulo em relação a essas lutas e demandas populares. João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST e da Via Campesina, disse que os movimentos e partidos devem continuar orientando suas bases para que elas participem das mobilizações.

“Devemos pautar o que são os nossos 20 centavos. Devemos continuar estimulando que a nossa turma vá para a rua, que é um espaço de democracia, mas levando as nossas bandeiras. O problema que está deixando todo mundo atônito é que as massas que estão na rua agora são majoritariamente formadas por uma juventude desorganizada, sem direção política e que não tem claro o que quer e, evidentemente, que os setores direitistas organizados também fazem análise de conjuntura e estão fazendo essa mesma leitura.”

A coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil, Nalu Faria, avaliou que vivemos inegavelmente uma década com ganhos da classe trabalhadora, mas disse que as conquistas são insuficientes e que o governo iria entrar em um processo de crise se não conseguisse avançar nas mudanças estruturais. “O que está nas ruas é um sentimento de mudança de modelo. Acho que é o momento de nós realmente disputarmos essas mudanças de modelo e para isso a importância de recompor uma ampla articulação da classe trabalhadora e nossas bandeiras unitárias.”

Também em entrevista ao Vermelho, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, alertou que o Brasil já conhece experiências anteriores em que a direita tenta se apossar de movimentos populares e transformá-los em um movimento contra as instituições democráticas. “Para mim, o que reúne hoje tantas tendências de opiniões com concepções e pautas diferentes é a defesa da democracia brasileira e o direito de livre manifestação e expressão – que está comprometido à medida que as pessoas vão para as ruas e sofrem ameaças físicas e agressões. Acho importante que nesse momento a gente faça uma defesa da democracia brasileira.”

Pronunciamento
As discussões da plenária foram interrompidas para o pronunciamento, em cadeia de rádio e televisão, da presidenta Dilma Rousseff, que conclamou governadores, prefeitos, movimentos sociais e líderes das manifestações para produzirem mais mudanças que beneficiem, segundo ela, melhor e mais rápido, todos os brasileiros e brasileiras.

A mandatária legitimou o movimento pacífico por propor e exigir mudanças. “As manifestações desta semana trouxeram importantes lições. As tarifas baixaram e as pautas dos manifestantes ganharam prioridade nacional. Temos que aproveitar o vigor das manifestações para produzir mais mudanças que beneficiem o conjunto da população brasileira.”

Dilma foi aplaudida por todos os representantes de movimentos e partidos presentes no encontro quando reafirmou a importância de seu projeto que destina 100% dos royalties do petróleo na aplicação, exclusiva, à educação, e na vinda de médicos estrangeiros para atuarem na saúde do país.

A presidenta da UNE, Vic Barros, ressaltou a identificação das pautas que unificam o conjunto da população brasileira. “Temos hoje a possibilidade de unificar uma agenda de lutas, de unificar uma extensa pauta de todos aqui presentes seja na luta por reformas democráticas que possibilitem uma nova arrancada de desenvolvimento para o nosso país, uma reforma política que garanta o financiamento público de campanha e mais participação popular nos espaços democráticos de decisão. Também é o momento de erguer pautas como a reforma urbana, como um sistema nacional de transporte que contemple a necessidade do povo da periferia e da juventude e também é o momento de escancarar a necessidade de democratizar os meios de comunicação de massas em nosso país, sabendo que o que a gente quer é radicalizar a liberdade de expressão no Brasil.”

O secretário nacional sindical do PCdoB e membro da direção nacional da CTB, Nivaldo Santana, avaliou que o encontro foi plural, amplo e bastante representativo. Ele pontuou que uma das preocupações mais importantes da plenária foi valorizar a mobilização dos estudantes e manifestantes e a condenação de grupos de extrema direita que procuraram instrumentalizar essas manifestações com violência contra o patrimônio público e privado, que descaracterizam a natureza pacífica das mobilizações.

“Foi reforçada a necessidade das forças políticas democráticas e progressistas manterem a unidade e defenderem que os partidos políticos e entidades organizadas tenham o direito de participar das mobilizações. Os próximos passos do movimento serão debatidos pelas diferentes entidades.”

Ele explicou que na próxima terça (25) as centrais sindicais irão se reunir para procurar construir um documento base de reivindicações, sintonizadas com o movimento de rua, e definir um plano de ação para o próximo período.

A plenária marcou uma nova reunião para a próxima terça (25), às 19 horas, no Sindicato dos Químicos de SP. João Paulo Rodrigues, da coordenação do MST, disse que a análise das forças políticas das mais de 70 entidades que participaram da plenária avançou na necessidade da classe trabalhadora integrar as mobilizações e unificar as agendas de cada entidade e partido para a construção de uma pauta mais unitária. “Houve um esforço de cada organização ir para dentro das suas entidades, fazer uma reflexão política e tentar na próxima semana construir uma agenda que nos dê unidade e um calendário de mobilizações pelo país afora.”

quarta-feira

Servidores do estado do RJ: Votação do PL do reajuste foi suspensa e retorna nessa quarta (05/06) – Sepe convoca paralisação




A mensagem com o projeto de lei do governador Sergio Cabral que propõe um reajuste salarial 
para a educação começou a ser votada hoje, dia 4 pela Assembleia Legislativa (Alerj). Assim 
que começaram os trabalhos da sessão, os deputados aprovaram umaemenda com um reajuste
 de 8% a ser pago no salário de junho (sendo depositado na conta dos servidores em julho) 
– alterando em apenas 1% a mensagem original. No entanto, essa emenda dos 8%sofreu destaque
 por parte da oposição e voltará a ser discutida em plenário. O destaque propõe um reajuste 
de 15%. Ou seja, o reajuste ainda pode ser alterado para melhor (15%) no plenário pelos deputados.

O segundo item ser votado foi a emenda proposta pelo Sepe, que determina que cada matrícula 
do profissional daeducação deve corresponder à lotação em apenas uma escola. A emenda 
foi aprovada, contra a vontade do governo, que foi derrotado, em uma vitória da 
mobilização da categoria. Assim que terminou essa votação, a maioria da bancada 
governista se retirou do plenário e a sessão teve que ser encerrada 
por falta de quórum. O Sepe tem informações de quea sessão será reaberta
 nessa quarta-feira, dia 5. Por isso, o Sepe convoca a categoria a paralisar as 
atividades paraacompanhar a votação, a partir das 13h, na Alerj.


Reajuste não compensa perdas


O reajuste de 8% não cobre as perdas salariais do magistério, estimadas em mais de 23%  pelo
 Dieese, em pesquisa feita com os dados relativos ao período de setembro de 2006 a maio de 2013. 
O Sepe, em protesto contra o baixo índice proposto pelo governo, convocou uma paralisação de
 24 horas para hoje para que a categoria pudesse acompanhar as votações no plenário.

O sindicato vem negociando com os parlamentares a aprovação de nossas 
emendas desde o dia 14 de maio, data em que o PL chegou à Alerj. 
Todas as propostas de emendas aprovadas pela categoria nas
 assembleias foram apresentadas aos parlamentares – inclusive 
aquelas que propunham um reajuste que cobrisse as perdas salariais.

O Sepe, acompanhado da categoria, participou de uma audiência pública na Alerj, 
em maio, quando mostramos aos deputados a grave situação da educação 
pública estadual do Rio, com baixos salários, más condições de trabalho 
e a falta de uma política salarial digna por parte do governo, que vem 
priorizando uma política meritocrática, criando bonificações, como o programa “Certificação”.


Nessa segunda-feira, dia 3, ocorreu a reunião do Colégio de Líderes da Alerj, 
com a participação do Sepe. A direção do Sepe vai se reunir para discutir um 
calendário de mobilização, com a data da nova assembleia, que será divulgada.
 A seguir, as emendas propostas pelo Sepe que foram apresentadas na Alerj:


1) Aumentar o percentual do reajuste para que reponha as perdas 
salariais do magistério, que são, pelo Dieese, de setembro de 2006 a 
abril de 2013: 23,70% pelo INPC-IBGE e de 21,33%, de acordo com o IPCA-IBGE;

2) Carga horária de 30 horas para todos os funcionários administrativos;

3) Enquadramento por formação para os funcionários administrativos;

4) Cada matrícula do profissional da educação deverá corresponder 
à lotação em apenas uma escola (APROVADA);


5) Garantia de lotação do professor docente II em atividades do magistério;

6) Data base em maio;


7) Um terço da carga horária para planejamento;


8) Abono dos dias parados em abril (16 a 18/04);


9) Nenhuma disciplina com menos de dois tempos de aula em todas as séries;


10) Suspensão do Artigo 4º do PL do governo;


11) Piso para o professor de 5 salários mínimos e 3,5 salários para o funcionário.